domingo, 30 de maio de 2010

Guerra é paz, liberdade é escravidão e ignorância é poder

Essa frase foi dita por George Orwell, em 1984, segundo um amigo meu.

De primeira... Poxa! Que absurdos são esses???

Dando uma segunda olhada... O que podemos registrar?

"Guerra é paz".
É comum associarmos guerra com ódio. Eu nunca conheci um soldado, mas não acredito que o sentimento seja esse por parte deles (não de todos eles). É muito comum ouvirmos falar de soldados que relataram estar profundamente arrependidos e traumatizados com o que viram e tiveram que fazer.
E é perfeitamente normal associarmos guerra com caos. Afinal, o que imaginamos são tiros disparados de diferentes cantos, bombas jogadas em diferentes direções, carnificina, sangue, fedor... Mas somente alguns associam a guerra como uma simples manobra política (seja para obter recursos, seja para ampliar o território, seja para declarar independência). E que o fim dela é simplesmente uma rendição do adversário. E que, após o fim, a vida continua normalmente (não viso defender a guerra aqui, pois discordo de ver pessoas morrendo por puro interesse partindo de políticos, que deveriam ser a parte sábia da sociedade). Após a guerra, ninguém está brigando. Um venceu o outro e reina a tranquilidade... Por enquanto.

"Liberdade é escravidão".
Outro conceito absurdo. E é mais difícil fazer uma análise precisa dessa afirmação. Mas tentarei...
Temos a frase "não confunda liberdade com libertinagem". Essa frase diferencia o "faça o que quiser, literalmente" do "faça o que quiser, mas respeitando certas regras". Essas regras podem ser o "respeito por si mesmo, pelos outros e responsabilidade por seus atos" ou podem incluir outras observações, como "não quebre isso, não aja de tal maneira"... O conceito de "liberdade é escravidão" pode estar ligado a esse fato. Também pode estar ligado ao fato de que, estando livres, podemos fazer o que quisermos, mas nada além disso. É muito difícil imaginar o que seria e, principalmente, fazer outra coisa que não o que quisermos, portanto não conseguimos enxergar o real significado dessa afirmação.

"Ignorância é poder".
É difícil concordar, mas... Você, leitor(a), já soube de algo que não queria nem sequer imaginar ter sabido e ficou muito mal com isso? Se sim, então você pode já concordar com essa frase.
Outro exemplo (não quero priorizar religiões/doutrinas... vou só citar um exemplo)... Na doutrina espírita codificada por Allan Kardec, é dito que nós reencarnamos, ou seja, nosso espírito fica por um tempo em estado errante no plano espiritual e reencarna, mas nunca nos conseguimos nos lembrar de quem fomos em vidas passadas. Se nos lembrássemos, poderíamos reconhecer as pessoas a nossa volta e, pior, poderíamos nos deparar com antigos inimigos, que nos fizeram sofrer amargamente. Tente se imaginar nessa situação. Horrível, né? Eis que não nos lembramos de nada, para nosso próprio bem (lembrando... é só um ponto de vista).
Porém, é difícil concordar, porque nós temos como concepção de poder a vantagem obtida sobre um adversário (não importa quem ou o que é esse adversário). Saber menos se torna desvantajoso, mas nos deixa mais tranquilos.

Esse artigo é ideal para quem já viu essa frase em algum lugar. Para quem não viu, aí está a frase e uma possível explicação.

domingo, 11 de abril de 2010

Por que as pessoas precisam ter medo umas das outras?

Eis que eu estava desempenhando uma tarefa domiciliar e então, por brincadeira, resolvo dizer "eu tento botar medo em tal pessoa, mas é mais fácil ela fazer isso comigo". E então me perguntam: "mas por que as pessoas precisam ter medo umas das outras?". De início falei: "é só uma brincadeira". Mas então pensei... "Essa é uma excelente pergunta". E cá estou eu, escrevendo um artigo em cima da mesma.

Aprendemos (ou pelo menos o professor tentou explicar), na disciplina de História, lá na escola, que antigamente o poder moral era conquistado pela força. O Homem aprendeu a conquistar respeito e autonomia desta forma. Quando finalmente a espécie humana constituiu civilização e sentiu necessidade de organizar as coisas, foi criada uma lei simples, conhecida como "Código de Hamurabi". Acho que você se lembra. Caso não lembre, vou lhe explicar rapidamente: é a famosa lei "olho por olho, dente por dente". Caso você fosse pego roubando, sua mão seria decepada. Caso você tenha matado alguém, você seria morto.

Assim era a política de Maquiavel ("Os fins justificam os meios"). Ele usava a força como instrumento de controle.

Assim era a política da ditadura militar aqui no Brasil.

Assim é a política dos valentões da escola.

Assim é a política dos autoritários em geral (pais, chefes, líderes de turmas/gangues, ditadores, etc).

Mas de onde surge o medo?

O medo seria uma forma de defesa da mente para com o corpo. É o que nos faz compreender e evitar ao máximo um possível perigo. Às vezes pode ser mais forte do que a própria dor. É o que acontece com pessoas que temem em tomar injeção, com medo da agulha. Um medo em alta intensidade se torna prejudicial, pois a defesa de nossa mente é tão forte que não nos permite raciocinar sobre nossos atos, tendo como consequência resultados catastróficos.

O ser humano simplesmente conseguiu explorar muito bem este detalhe. Uns desenvolvem uma ciência com base nisso e a usam para impor sua forma de poder. Há quem justifique o uso de tal ciência como fez Maquiavel, dizendo que é por uma boa causa. Há quem esteja somente inclinado a subjugar e humilhar outros seres humanos.

É possível concluir, com base neste texto, que umas pessoas usam o medo para moldarem o pensamento de outras e com isso impõem seu modo de pensar. É um método fácil, pois o único esforço realizado é o de ter uma impressão que provoque medo nas pessoas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quem é você?

Olá!

Antes que você ria da... Er... Cara do blog... Tente você mesmo responder a essa pergunta.
Se você conseguiu, então você não terá dificuldades em interpretar o Universo que o cerca. Afinal, você é uma parte dele. Caso não tenha conseguido, é uma boa hora para tentar.

De acordo com os biólogos, você é um ser vivo do reino dos animais, do filo dos cordados, etc. Um dos representantes da única espécie com capacidade de raciocinar, interpretar o mundo e reagir a ele. Sua missão seria a de nascer, crescer, arranjar um(a) parceiro(a) e se reproduzir, dando continuidade à sua espécie.

De acordo com a sociedade, você é mais um membro dela. Sua missão seria a de nascer, crescer (sendo educado conforme os interesses da sociedade), progredir conforme o que a mesma chama de "progresso", arranjar um(a) parceiro(a) e constituir família, para que, nesta sua relação com o todo, este "todo" nunca morra.

De acordo com as religiões, você é um plano de Deus (ou dos deuses). Sua missão é espalhar a verdade (das religiões) para as pessoas e educá-las conforme os princípios divinos. Mais importante do que isso é fazer o bem, ato que justifica as verdades divinas (embora uns queiram enriquecer com sua pobre e miserável existência... não me refiro a dinheiro, pelo menos não quando falo de você).

De acordo com os anti-sociais (subentende-se aquelas pessoas que são contra a sociedade), você seria só mais um produto deles, mas sua mente foi clareada. Você é um dos elementos que irão buscar a revolução e mudar o curso da sociedade atual.

De acordo com um indiferente, você não é nada e não tem objetivo nenhum. Faça o que quiser...

Enfim... Existem "n" interpretações para responder a essa pergunta (espero não ter errado na reprodução das mesmas... eu sou ser humano, portanto estou sujeito a errar). Das duas uma: ou você pode escolher uma delas ou então definir quem você é por si mesmo.

O que você pode fazer com a resposta? Usá-la como bússola para definir o caminho de sua existência.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Post de Inauguração

Olá à todos! Olá à todas! Bem-vindos e bem-vindas! Apresento-lhes mais um blog para poluir a nossa decrépita (porém quase insubstituível) Internet.

Este se chama "Tentando Filosofar".

Qual é o propósito?
Discutir assuntos e temas da natureza da sociedade, a fim de tentar compreendê-las.
Tudo com seriedade, porém com bom-humor (que é o que não pode nos faltar).

Certo... Mas ninguém sabe de tudo da vida... Como serão discutidos os assuntos que não temos certeza nem do que é?
Nesse blog, não são abordadas certezas. Por quê? A única coisa que é certa neste mundo é que a vida é efêmera. Não sabemos o que vem depois dela. Caso você seja uma pessoa religiosa e aprendeu isso e aquilo sobre o que vem depois da vida (se tá escrito na Bíblia, no Corão ou onde quer que for), o propósito do blog não é abalar a sua crença nem dizer que tais religiões estão erradas... Mas também não dizemos que estão certas. Estamos aqui para discutir pontos de vista. Certo filósofo cujo nome não recordo (mas dou a ele o crédito) disse: "só podemos realmente ter certeza das coisas caso a experimentemos." Ou seja, você nunca vai saber que 1 + 1 = 2 se não experimentar isso. Você nunca irá saber se certo filósofo está certo se não experimentar isso. Você nunca terá a certeza com os artigos deste blog caso não experimente isso, de fato.

Se nunca teremos certeza, então de que adianta o blog?
Aí é que está. Este blog foi feito com a finalidade principal de expor pontos de vista, não certezas. É um exercício mental, uma iniciação ao ato de realmente PENSAR.

Espero que tenham gostado do propósito inicial deste blog.

P.S.: Às vezes serão postadas aqui sugestões de música. Mas não disponibilizaremos nada para download.